O Parlamento Europeu rejeitou a proposta da Comissão Europeia de revisão da Política Agrícola Comum, buscando limitar a reforma e manter o sistema atual de financiamento agrícola. A rejeição veio na forma de uma resolução não vinculativa, sinalizando à comissão que as mudanças na PAC não passariam pelo escrutínio parlamentar.
O Parlamento Europeu rejeitou a proposta da Comissão Europeia para uma revisão abrangente da Política Agrícola Comum (PAC), que deveria ser aplicada entre 2028 e 2034.
A posição do parlamento busca limitar o escopo da reforma, preservando essencialmente o sistema existente de financiamento agrícola.
A PAC é um componente significativo do orçamento da União Europeia, fornecendo apoio crucial à agricultura e desempenhando um papel vital na agricultura europeia.
Veja também:Comissão Europeia aprova termos atualizados do acordo comercial do MercosulA rejeição veio na forma de uma resolução não vinculativa, um sinal para a comissão de que a sua proposta original não passaria pelo escrutínio do parlamento.
Os eurodeputados solicitadas que os fundos da PAC permanecer separado de outras secções do orçamento europeu. A integração da PAC com o financiamento da Política de Coesão foi um dos pilares da proposta da Comissão.
O plano proposto em Bruxelas visa combinar recursos para agricultores com aqueles dedicados à redução das disparidades socioeconômicas entre os estados-membros e as regiões.
Segundo a comissão, essa abordagem ampliaria o impacto de ambas as políticas.
A principal disputa, no entanto, reside na revisão proposta pela comissão do sistema de pagamento direto.
Bruxelas pretende limitar os valores de fundos da PAC que as fazendas podem receber com base em sua área de superfície, com um subsídio máximo de € 100,000 por agricultor.
A proposta também busca direcionar mais fundos para fazendas inovadoras, jovens agricultores e aqueles que operam em regiões desafiadoras.
Tal abordagem não condiz com a posição dos eurodeputados, que pediram a manutenção do atual sistema de pagamento direto.
Ao mesmo tempo, o Parlamento Europeu solicitou um aumento nos fundos da PAC e uma revisão dos sistemas de impostos e empréstimos para melhorar o acesso dos agricultores mais jovens.
A questão geracional é central no debate: 58% dos agricultores europeus têm mais de 55 anos, enquanto apenas nove por cento dos agricultores com menos de 40 anos recebem apoio da PAC.
Em sua rejeição, o parlamento também pediu burocracia simplificada e acesso mais fácil aos fundos da PAC.
O Parlamento Europeu acrescentou que os agricultores não devem ser forçados a adotar práticas avançadas e ecologicamente corretas, mas sim encorajados a fazê-lo.
Os eurodeputados disseram que o foco deve estar na adoção de tecnologias digitais, sistemas avançados de gestão de água e no estabelecimento de modelos de economia circular.
Entretanto, o Conselho da União Europeia, composto por representantes de todos os governos dos Estados-Membros, já negociou uma revisão da proposta com a comissão, visando reforçar as medidas de simplificação.
Ao contrário do parlamento, no entanto, o conselho apoia totalmente a proposta da comissão.
Alguns observadores criticado a posição do parlamento, observando que mantém o status quo num momento de das Alterações Climáticas e desafios crescentes para o setor.
"Não podemos apoiar quaisquer cortes, nem quaisquer tentativas de nacionalizar a PAC ou de fundir o seu financiamento com outros instrumentos da UE”, afirmou Carmen Crespo, eurodeputada do Partido Popular de centro-direita em Espanha e do ex-ministro da agricultura da Andaluzia.
"Acima de tudo, devemos salvaguardar e garantir os pagamentos diretos aos agricultores; estes são a espinha dorsal do seu rendimento e a ferramenta mais eficaz para garantir a segurança alimentar e o equilíbrio territorial em toda a Europa”, acrescentou.
Após o parlamento se posicionar em Estrasburgo, França, a comissão sediada em Bruxelas deverá iniciar uma nova rodada de negociações. A PAC atual vigorará até 2027.
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